sábado, 15 de maio de 2010

Virada Cultural: Parte I: Pré-Virada (homem livre)



Bom,o dia de hoje foi interessante. Na verdade ainda não foi a Virada Cultural em si, mas fui em um evento de estágio, por que também preciso trabalhar. Saí de casa umas duas e meia, três horas, não lembro bem e dormi no trem. Acordei entre a lapa e a barra funda, eentão avistei um rapaz. Bonitinho, fiquei olhando disfarsadamente, como quem não quer nada, e até pensei em passar minha estação caso todo mundo descesse do vagão. Mas entrou um cara bem horripilante e decidi descer na barra funda mesmo. Ele desceu junto e então andamos meio lado a lado, eu desacelerei o passo. Olhei pra ele, ele olhou pra mim e falou:

"E ai..."

Respondi, perguntando o nome, era Ronaldo. Estava voltando de seu estágio no banco, e pedi o telefone dele. Trocamos telefones, garoto simpático, pedi pra ele ligar mesmo,e ele falou:

"Não só ligar, heheh"

Depois disso, segui viagem para a palestra que seria no parque do Ibirapuera. Sempre que vou nesse parque, tenho vontade de morar lá, é muito delicioso. Caminhei muito até chegar lá, e mais vinte minutos até chegar na área do evento. Cada cara bonito pra admirar. Claro, eu divido os homens em duas classificações básicas: Aqueles que admiro a beleza e aqueles que efetivamente tento algo, que eu gosto, que são os mais comuns. Não curto cara bonito pra ficar por que sei que a relação não iria longe e que eu ia sofrer com insegurança e morrer de ciúmes. Mas enfim...

Cheguei na feira de estágio, evento lotado,bem legal. Caminhei um pouco até achar um estande 3d, onde me acomodei e assisti uma palestra de dois professores falando do programa de modelagem 3d Maya, fiquei fascinado, sempre tive vontade de aprender 3d, já até fiz curso mas um amigo de faculdade acabou destruindo meus sonhos, mostrando pra mim que o que eu fazia não era suficiente. Mas quero ainda aprender o básico e fazer algo no gênero. Fica pro futuro.

Depois fui a uma palestra chata de mais de uma hora sobre como sobreviver em uma empresa, gozado que fiz tudo ao contrário na empresa que eu queria que me mandasse embora e no fim funcionou, heheh... Daquelas palestras onde o próprio palestrante é daqueles obcecados em agradar a empresa e que esquecem o humano por detrás de um funcionário.

Saí do parque às oito da noite, muito legal lá a noite, mas não vi movimento gay como disseram que tinha. Será um mito? Amanhã tem virada cultural, ai sim veremos como vai ser.

Quando estava voltando no trem, morto de tanto andar, comecei a ler alguns materiais que ganhei lá. E um deles me chamou a atenção. Uma matéria em uma revista escrita por Marcelo Sando, um filósofo, andarilho e escritor que ganha a vida viajando e escrevendo sobre o que vê e quem vê. É um máximo... Ele citou uma frase de Rousseau: " O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada." Frase que me atingiu com um tapa na cara, já que eu estava pensando em voltar para a logistica por causa da dificuldade de arranjar emprego como designer. Mas design é o que eu amo, e será o que me fará ser livre por fazer o que eu quero. Adoro sinais do destino.

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