segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Antes: Nosso Lugar ao Sol Versus Tiago: Homofobia internalizada



O meu relacionamento com o Tiago alcançou um mês e pouco de vida e só uma certeza pairou entre nós: Precisamos fazer sexo!



Já saímos juntos, ficamos de pegação, vivemos bons momentos, mals momentos, brigas, reconciliações, carícias e críticas. Muitas DR também. Só uma coisa não foi vivida: O tal do sexo.



Não sei se vocês se recordam mas pra mim em um relacionamento, três coisas contam. Sexo é a terceira. Não é a mais importante, mas é importante. Afinal, é o apse, é o teste final se toda a química faz sentido. Claro que se for ruim, não iremos desistir. Mas se por cinco vezes seguidas for ruim, não tem nem o que dizer, significa que não rola.



O grande problema com o Tiago é seu preconceito. Ele já me disse coisas horríveis sobre sua repúlsa ao universo gay, sobre como não faz parte desse universo e considera-se meio que superior a tudo isso por ser bi e até chegou a citar pessoas que vão a barzinho na república como "passivonas". Muitos desses termos e manifestações já me motivaram a crer que nosso relacionamento não vai longe. Não vou namorar alguém que não se aceita como gay e se acha melhor que gay por ter diferentes opções.



Escutei diferentes opiniões sobre tais manifestações:



Fulano: "Na boa, eu já tinha terminado. Você deixa esse cara te tratar assim, isso é errado. É muita mancadinha."



Segurança: "Ele sofre de algo muito frequente para pessoas mais novas como ele: É o chamado MEDO da exposição. Ele viu coisas que não gostou e que não quer para si. Acho que trabalhando ele, você consegue uma coisa legal! Sinto que ele tem muitos medos com relação ao que é..."



Ed: "Você mereceu o que ele disse. Ele só pagou com a mesma moeda tudo aquilo que você fala dele. Aqui se faz, aqui se paga."



Temos o racional, o emocional e o prático. Considerando a opinião de cada um, estou tentando trabalhar a pessoa, mas sei que não tenho muita paciência nesse quesito. Quero alguém que se aceite e goste do que é, e que não tenha medo de entrar em barzinho e de sair comigo assumindo ser o que somos. Isso não posso exigir dele, rapaz novo, confuso e cheio de medos.



No domingo, fomos ao parque da água branca e depois de muito caminhar (sob algumas reclamações dele), seu celular tocou. Era seu melhor amigo (o equivalente ao que o Fulano é pra mim) e eu falei um pouco com ele. Pareceu uma pessoa legal. Já vi fotos, e o Tiago parece meio que pagar um pau pra ele. Cara bonito, cheio de si, diz que é ativo, ousado e que transa muito (15 vezes numa noite = conversa fiada...), é aquilo que o Tiago provavelmente considera um homem ideal, ou um gay ideal, aquela pessoa que o inspira e que o faz ter tantas idéias (erradas) sobre o mundo GLTB. Na batalha entre Rud e o melhor amigo de dez anos do Tiago, Rud não terá vez. Mil vezes mais fácil trocar o "namorado" do que o amigo. Isso é fato e é o que eu faria. Competir com o melhor amigo é impossível. E nem vou entrar nessa briga.



Ainda no parque, eu e Tiago subímos uma escadaria que dava no segundo andar de um casarão trancado, que abre as vezes para exposições. E ali entendemos as necessidades incontroláveis que temos de dar o próximo passo. Rolou uma pegação de um jeito como nunca tinha rolado, com uma intensidade superior a muitas outra intensas que tive. Saindo do parque às seis, atravessamos o minhocão (grande ponte de uns dois ou três quilómetros que atravessa São Paulo através dos prédios) interditada de domingo e conversamos de vários assuntos, combinando de acabar com nosso fogo na terça. Chegamos na República e sugeri acabar com aquilo naquele momento, entrar em um motel ali mesmo... Mas estávamos mortos de tanto andar.



O grande problema é: Tiago não é uma boa pessoa. Estar com ele é conviver com a arrogância de alguém que está além de mim, que acha sempre que é mais do que eu simplesmente pelo fato de ser bissexual. Seu amigo reforça seu ego bilateral com a pose de ativo viril e poderoso, insentivando-o a manter seus preconceitos. E à distância, não gosto de conversar com o Tiago, pois parece escrever o que é conveniente, pensa demais. Quando o encontro, não sei o que acontece mas todo aquele ódio que tenho de sua personalidade construída para ocultar seus medos (isso se segurança estiver certo) simplesmente some, desaparece. Dá lugar a uma vontade de estar com ele, de querer abraçar e beijar e de se consumir nas chamas, o que aumenta com sua constante esquiva e medo de ser pego. Quanto mais nega, mais aumenta o fogo. Tudo isso é causado pela tal da expectativa...



Então, o sexo é a solução. É decretar o fim dessa chama, é tirar a camada que me cega e me levar a enfrentar a realidade por trás do desejo. É determinar se eu quero o Tiago como pessoa ou como corpo. Muitos acham que eu devia esperar. Mas quero saber logo em que território estou pisando. Será como abrir meus olhos...



Essa minissérie é mini mesmo, terá três episódios. No próximo: A consumação...

5 comentários:

Ratio X disse...

Em 1 ano ele vai ser a tal "passivona" que critica... e ainda vai dah pro amigao dele kakakakaka vou adorar saber isso... é sempre isso que acontece...

James disse...

Bem provavel, viu... Pensa: Quando tá magoado vai fazer compras no shopping, vive trocando "tá loco" por "tá loka" e ainda se diz macho, kkk.

Ratio X disse...

larga isso Lugar ao Sol... HOmem nao falta nesse mundo e de acordo com as estatisticas a maior parte eh gay kakakakakaka

pra mim, BI

Ratio X disse...

emcima saiu incompleto pq o fio do teclado engatou eu puxei e com meu jeito meigo, arranquei o fio e agora to sem teclado kakakaka...

pra mim, Bi é Biiiiixa louca... kakakka


indecisa e toda complexada e qnt mais preconceito a homens passivos, e a gays em geral, mas puta vai ser, mais guerreira aquela que soh quer de 23 cm pra cima kkk

manda essa bixa ver o que a maria ganhou na capoeira...

vc eh mais e melhor que tudo isso


bjs no edi lugar ao sol

James disse...

Rsrsr, eu fico aqui malhando o judas mas ele tem seus lados bons também, se não tivesse eu já teria chutado. Não é mais tão simples chegar e dar um Fatality nele...