terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sala de Aula: Parte II: Congruências, Amor e Borboletas



Mais um post do Primo!!

Quero organizar minhas idéias, cumprir minhas metas e viver, simplesmente viver.

Resolvi escrever este post para contrapor ao do meu amigo Rud. Estávamos conversando, ultimamente, como temos algumas idéias congruentes e como as nossas vivencias são parecidas, mas não iguais.
A condição humana é intrigante e a cada dia me deixa mais curioso e intrigado. Há alguns meses atrás eu me considerava uma pessoa controlada e que era capaz de lidar facilmente com meus sentimentos e com minhas emoções na verdade essa afirmação se mostrou falsa ao ter passado pelo sentimento de “AMAR”.

Isso faz me lembrar da minha psicóloga que nos primeiros dias de minha analise falou sobre o “amor” e como está o amor na nossa sociedade; depois de destrinchar suas idéias ela falou pra eu tomar cuidado ao me apaixonar e ver muito bem com quem eu estava ficando ou namorando e por fim que eu deveria conhecer alguém legal e criar conforme o tempo e, junto ao relacionamento, laços de amor e carinho.

Quando eu ouvi o que ela falou fiquei feliz e achei perfeito! Ingênuo... Não que seja invalido estas idéias, mas eu não havia passado por experiências parecidas e tinha só idéias de como seria.

Depois dos últimos acontecidos me mostrei mais dramático e passional do que eu pensava, fiquei triste e bastante dependente das pessoas e mais ainda decepcionado comigo. Parece que essas emoções me deixavam sem rumo e eu precisava de alguém para me direcionar e me tirar desta confusão.
Eu o conheci na sala de aula da minha faculdade. No começo deste relacionamento um tanto frustrado tentei ser cauteloso, mas tudo parecia direcionar para o lado do “romance” como dizia a própria pessoa que ficou comigo. Tentei delimitar o que eu estava sentindo e fazia perguntas constantes sobre o que estava acontecendo entre ele e eu e as respostas que apareciam para mim levavam-me a crer que estava rolando algo a mais do que só atração física. A mudança em mim foi tão grande que eu não conseguia pensar mais em nenhum rapaz eu nem olhava mais em quem passava por mim, só tinha uma pessoa na minha mente. Eu me sentia quase que namorando.

Ao termos os nossos primeiros encontros sozinhos ele acabou me contando alguns segredos da sua vida, de suas vivencias e valores que me deixou um tanto desconcertado: Para ele ser homossexual é um pecado e ele possui o sonho de ter filhos e se casar com uma mulher. Loucura, mas continuei acreditando no amor. Pensei que ele mudasse com o tempo.
O que eu sentia era tão intenso que eu fui me entregando a esses sentimentos e fui percebendo que ele se afastava mais de mim e começou a me tratar como amigo e eu sentindo ao mesmo tempo saudade-raiva-amor. Foi assim durante alguns meses. Ficávamos sem nos ver e eu não sabia o que estava acontecendo. Comecei a me ver como uma criança atrás de colo. Tentava constantemente entende-lo e querer a sua aprovação e a sua atenção. Fui esquecendo de mim...

Não que ele seja um carrasco ou um malvado, mas eu me senti manipulado e preso por meus sentimentos. Ele me perguntou algumas vezes se eu o amava eu falei que sim. Ele me perguntou se eu me apaixonasse minha vida ia ficar melhor, eu falei que eu estou apaixonado e encontrei o amor. Não deu certo ter me declarado.

O baque foi quando ele me falou que nós seriamos amigos e poderíamos nos encontrar quando eu quisesse. As minhas idéias de namorar e ficar por um bom tempo com ele não deram certo e depois disto que ele falou parece que finalmente cai na real e comecei a me arrepender
Só que agora eu vejo que foi bom e queria que continuasse, mas como não foi possível estou seguindo a minha vida. Nunca senti tanta raiva-amor ao mesmo tempo e agora compreendo como algumas pessoas sentem e espero que ter passado por tudo isso tenha me fortalecido.
Estou soltando este sentimento aos poucos porque é difícil. E um pequeno adendo como as músicas que falam de amor, a maioria delas falam de um casal que terminaram, mas que um dia vão voltar. É difícil achar uma música que fale acabou e que se dane. Parece que essas novas levas de músicas sertanejas tão quebrando esses paradigmas. Graças a GOD!
Para terminar uma música da MARIAH CAREY - BUTTERFLY que diz um pouco sobre largar os sentimentos e viver. O que eu to tentando fazer. Eu vou conseguir.


Borboleta

"Quando você ama alguém tão profundamente
Eles se tornam parte de sua vida
E é fácil sucumbir a medos opressivos internos
Cegamente eu imaginei
Que poderia te manter dentro de um vidro
Eu preciso abrir minhas mãos
E ver você subir

Eu não posso fingir que estas lágrimas
não estão caindo sem parar
Eu não posso evitar essa dor
Que está me consumindo
Mas eu suportarei e direi adeus
Porque você nunca será meu"

Primo

3 comentários:

Tito Fierce disse...

Cara, eu tenho que falar, eu curti muito esse post. Engraçado como nós todos estamos de certa forma conectados, sentindo quase a mesma coisa. E por Butterfly como soundtrack desse post foi genial.

Eu teria escolhido Shake it Off ou Irreplaceable, mas é claro que eu não escreveria tão bem como vcs.

Curti muito mesmo. Abrçs, TF

Anônimo disse...

É rapaz! Fico feliz pelo seu comentário. Quando agente passa por esses sentimentos achamos que estamos sozinhos e parece que é algo único. Mas na verdade muitos passam por isso...
Sim estamos conectados!!!

Abração

Primo

James disse...

SIMMMMM, até agora estou impressionado em como muitos de nós estamos conectados e vivemos histórias parecidas, conhecemos pessoas que nos motivam e nos destroem para depois deixar uma lição em nossas vidas ainda que esta seja dolorosa muitas vezes. Mas não acredito no acaso, como sempre frizo por aqui. Cada pessoa que conhecemos nesse quebra cabeça da vida nos proporciona uma nova vivência e nos completa de alguma maneira. Não conhecia essa música, mas gostei bastante da letra (meu gosto musical é bem genérico e as vezes ate estranho), comunica bem tudo que sentimos. Valew o colaborativo!!