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sábado, 3 de dezembro de 2011
Odisséia do Menino Devasso: Parte II: Persistência do vazio
E como o furacão que atingiu
Dorothy e a levou para o mundo de OZ, no qual ela enfrentou seus medos e sua
obscuridade, minha vida transformou-se em um grande tornado arrastando a tudo
pela onda da descasualidade. Entrei na onda de curtir o momento, e por um
tempo, foi bom.
Primeiro veio o Raimundo, um cara
do site de bate-papo mais mercadão que conheço. No mesmo dia, marcamos na
cidade aqui perto, para ir ao cinema. Estava caindo uma chuva fraca, mas nos
encontramos e curtimos. Conversamos, caminhando no que parecia ser a direção do
shopping, mas então ele interrompeu o caminho e parou em um motel. Entrei.
Rolou só o básico, não me senti
tão bem para realizar completamente, mesmo por que não é de meu costume
conhecer e já transar. Mas nos satisfizemos. E sumimos, sem ter que dizer nada.
Ficou subentendido que não passaria daquele lance.
Na balada, conheci um cara de
quase dois metros, e em clima de caça, fiquei olhando para ele, até que rolou
uns beijos e nos entendemos bem. Até uma dança aconteceu, e foi incrível. Mas
não nos ligamos mais.
Foi então que, no bate papo,
conheci Fabiano, um cara bem legal. Marcamos de ir a um cinema ver o lançamento
da segunda parte do Harry Potter 7, e foi um papo divertido, uns beijos
discretos na saída do cinema. Realmente curti, e no MSN, tentei marcar algo,
porém ele disse que estava com uns amigos em casa, que dormiram por lá. Mais
tarde, vi escrito no MSN dele “balada the
week hj a noite”. Deletei sem dó.
De volta à balada, semanas
depois, vi o Fabiano, que ao me ver caminhou até mim, e quase me beijou, mas
segurei no peito dele.
“Não lembra de mim?”
“Claro que lembro!”
Respondi, com raiva. Ele em
seguida saiu, fazendo-se de vítima. Me impressiona a cara de pau das pessoas.
Dançando na pista, me aproximei de um cara baixinho, e bem gato, que dançava
todo animado. Dancei perto dele, e em determinado momento, encostei atrás dele,
encoxando-o (nunca tinha feito isso...). Ele gostou, tirou a camisa, e pude ver
aquele peitoral gostoso. Nos beijamos e caminhamos embora juntos.
“Só tem um problema.... eu moro
em Campinas. Não é sempre que venho pra cá.”
Era bom demais para ser verdade.
Tinha que ter um empecilho. Ele pegou o carro no estacionamento da balada e me
levou até a estação.
Conversamos por e-mail durante a
semana, combinando de se ver no domingo. Chegando o dia, achei o encontro meio
vago. Me pegou, entramos no carro e acelerou para um motel. Combinamos que não
ia rolar o sexo (de novo), e rolou umas brincadeiras. Achei-o meio parado. Com
tudo aquilo de corpo e sem oferecer uma pegada boa.
Passei por um período de recesso.
Sem encontros, sem homens, sem balada. Só trabalhando. Mas a necessidade de ter
alguém sempre fala mais alto, vindo de fininho, e vai dominando aos poucos. Era
hora de voltar a ativa. Mal sabia eu o que estava por vir...
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